segunda-feira, 27 de outubro de 2008

PASSEIO SURPRESA

Não estavamos nada á espera que depois de tanto esforço aparecessem tão poucas 50' tinhas.
Mas como diz o ditado "poucos mas bons".
Acabamos por atrasar mais 1/2 hora a saída na esperança que alguns amigos que tinham prometido aparecer o fizessem.
Mas foi em vão, e juntos concordamos continuar o passeio, pois estava um óptimo dia e prometia.




Sendo assim, pelas 9h00 lá nos metemos á estrada, ainda com uma manhã friorenta. O Road-Book com fotografias a cores ajudava na navegação.
A primeira parte foi atravessar Valongo, cidade feia, com muitos prédios inacabados a mostrar bem o que vai de crise neste país.
Fomos rolando com calma, por estradas sem grande movimento, tendo havido a preocupação de escolher boas estradas asfaltadas pelo menos na maioria delas.
Surpresa. surpresa (não estamos a falar do nome do passeio) foi a Zundapp de 4 do António. Bem conservada, com um trabalhar muito certinho, super confortável, a mostrar que foi a melhor opção para este passeio.
Atravessamos Rebordosa, num ápice e eis que de repente, toca a meter a 1ª. com a subida para o campo de futebol. No alto, entramos por um caminho estreito sob o olhar suspeito dos participantes.
É que o caminho além de subir encontrava-se cheio de buracos obrigando a uma condução mais cuidada. No alto encontramos o parque das Cortinhas local bem cuidado e a merecer um dia um sobejo picnique.
Continuando a nossa viagem, passamos por Duas Igrejas e seguimos em direcção a Paredes, sem antes passarmos pelo monumento da cadeira.






Quando todos pensavam que iamos a Paredes, toca a virar para Lousada.
Estrada em muito bom estado, com algumas curvas para nossa delicia, já com o sol a começar a aquecer-nos. Que dia fantástico para as nossas 50' tinhas.
O Vasquinho sempre a fazer das suas

Passamos num ápice perto da fábrica de motos AJP e se não fosse domingo tinhamos ido dar um abraço ao António Pinto.
Toca a subir para a Lixa sempre em filinha talvez para parecermos muitos, de vez em quando o António com a sua Zundapp lá vinha ter comigo para dar umas palavrinhas, a maior parte das vezes para me animar, pois sabia da tristeza com que estava, depois de tanto esforço para juntar as 50' tinhas.



Pormenor curioso que já trago das minhas participações de 50' tinhas no Lés a Lés com o Torcato Santos, é que sempre que vemos uma rotunda, damos umas voltinhas para andar mais um bocadito eheheh, e claro, como ía a abrir a caravana, não resisti. O que não estava á espera é que alinhassem, e surpresa das surpresas, todos andavam á volta nas rotundas.

Entre conversas e risotas, lá chegamos ao Mosteiro de Trancoso, local onde paramos meia hora em amena cavaqueira. Imaginem qual foi a conversa? 50' tinhas é claro...





Saímos do Mosteiro de Trancoso e rumamos Mancelos, passando por Manhufe, onde a seguir o road-book indicava a informação mais terrível para as 50' tinhas, que era "mete a 1ª.". Claro que era uma subida daquelas...mas como tudo o que sobe desce, a seguir foi uma delícia, mas para dar mais alegria, toca a virar para a rua das Barrocas, entre casas em granito, lugar muito bonito mas que apresentava um estradão em terra á saída. O Torcato que vinha no furgão vassoura, passou para a frente, deitou-se no chão tipo fotógrafo profissional e tirou-nos uma foto a rolar...
Sem darmos por isso de tão bem que nos estávamos a sentir, atravessamos a Livração, passando por Stº. Isidoro, onde aproveitamos para encher de fumo umas miúdas que lá se encontravam.











Passamos por um sítio que o António não resistiu a comentar; "duas passagens de comboios espaçadas 50 metros uma da outra".

De repente estavamos junto ao rio Tâmega e fomos sempre junto do rio até á ponte do Marco de Canaveses. Daí subimos para Vila Boa de Quires e claro está quando chegamos á rotunda...





Voltinha da praxe e direcção Buriz, estrada cheia de curvinhas .
Já perto do destino para o almoço, ainda apanhamos outro estradão de terra, este a subir, onde o Mário nos deliciou com um cavalo na sua Sachs V5 para espanto de todos nós, pois o Mário até aí, tinha estado sempre muito calminho.
No cimo desse estradão, estava então o nosso destino surpresa, a Zona de Lazer de Vilarelho, sítio afastado de tudo, calmo, acolhedor e com uma particulariedade interessante: um viveiro de trutas. hummmm um viveiro de trutas? a Radical tinha que fazer qualquer coisa. O primeiro que pescasse uma truta até ao almoço, teria a inscrição paga. Toca a agarrar nas canas, broa, e vontade de pescar as ditas trutas. O Mário até que tinha estilo, mas as trutas não quiseram nada com ele. O Vasquinho limitou-se a roubar uma cana já com broa e tudo, mas paciência não é para todos e desistiu em menos de um minuto.
Aqui o escriba, tirou logo duas trutas antes do almoço, que entretanto já estava pronto á nossa espera.
Um delicioso misto de carnes com um ainda melhor arroz de legumes que nos encheram a pança a nós e ao gatito que não largava a mesa.
Claro que ainda chegamos a pensar amarrar o gato á linha para ver se apanhava umas trutas para nós.
Depois de almoço não resistimos e continuamos a pescaria ficando o resultado em 9 trutas que me souberam muito bem ao jantar eheheh.
O António surpreendeu-nos com a sua persistência e acabou por apanhar duas bem grandinhas, ficando radiante como se pode ver na imagem.

Resumindo, passamos um dia diferente, convivemos e melhor ainda, andamos nas nossas 50' tinhas, 108 kilómetros, que no final, pareceram poucos.















A Radical agradece aos participantes pelo excelente convívio proporcionado e fica a promessa de continuarmos com a qualidade pela qual pretendemos ser conhecidos.